Como cuidar de um familiar doente e evitar o esgotamento

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Postado dia 1 de junho de 2019 por


O diagnóstico de uma doença, seja em filhos, marido, esposa, pais ou irmãos, pode abalar toda a família. Além de colocar em risco a vida de uma pessoa querida, uma doença grave produz mudanças na rotina e altera a dinâmica da família. Muitos parentes se tornam cuidadores informais, pois deixam seu trabalho e hábitos para cuidar da pessoa enferma. Mas até que ponto isso é saudável? Como a família pode enfrentar esses desafios?

Nos Estados Unidos, por exemplo, há dados que mostram que a maioria dos americanos será cuidador informal em algum momento de sua vida. Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, uma pesquisa de 2012 constatou que durante um ano 36% dos americanos prestaram cuidados não pagos a outro adulto com uma doença ou deficiência.

Ajudar e estar sempre ao lado de quem precisa é algo especial e gratificante. No entanto, pode se tornar algo emocionalmente muito difícil e abalar também a saúde física. É natural se sentir irritado, frustrado, cansado, sozinho ou triste. Portanto, vamos falar sobre como enfrentar esses desafios.

 

O que muda na rotina de casa quando alguém fica doente?

Câncer, Alzheimer, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral e doença de Parkinson são algumas das doenças que impactam a vida familiar. À medida que as doenças progridem, os sintomas podem aumentar e criar a necessidade de que membros da família forneçam cada vez mais cuidados.

Geralmente, essa responsabilidade recai no parceiro ou filho. As mudanças na rotina e no relacionamento com o familiar enfermo podem ser diferentes de acordo com a doença e sua progressão. Mas, em geral, várias esferas são afetadas e precisam ser revistas, como:

Um trabalho publicado no Journal of Patient Experience explica que os cuidadores podem precisar fornecer uma ampla variedade de assistência com atividades da vida diária, incluindo tomar banho, ir ao banheiro, vestir-se, locomover-se, cozinhar, comer, tomar medicamentos e administrar a casa.

Portanto, o combate a uma doença e as mudanças que isso acarreta levam a uma grande carga emocional para a pessoa que se torna o cuidador informal do paciente. Ainda mais porque normalmente esta pessoa nunca treinou ou estudou para isso, e acaba deixando de lado esferas de sua vida pessoal. É importante perceber quando a ajuda de cuidadores profissionais é necessária.

“Cuidar de alguém com uma doença crônica ou grave pode levar a uma diminuição da qualidade de vida, um declínio da saúde psicológica, aumento do estresse, depressão e ansiedade”, afirma o estudo citado anteriormente que tem como título “Quem está cuidando do cuidador?”.

 

Como melhorar a rotina de cuidados com um familiar doente?

É importante adotar medidas que ajudem na rotina da casa e evitem que o cuidador fique doente. Confira algumas dicas!

 

Peça e aceite ajuda

Às vezes, muitas pessoas querem ajudar, mas não sabem como. Faça uma lista de maneiras que os outros podem ajudá-lo e deixe que outros te auxiliem com essas tarefas. Por exemplo, um amigo pode se oferecer para levar seu parente doente para passear algumas vezes por semana. Outra pessoa pode cozinhar para você alguns dias.

 

Organize-se

Faça uma lista de tarefas e defina uma rotina diária. Sabendo exatamente o que o paciente precisa e quais serão as tarefas necessárias para cada dia, é possível melhorar a qualidade de vida tanto do cuidador como do paciente.

 

Saiba que você é mais do que um cuidador

Ao se tornar um cuidador, algumas pessoas perdem papéis e relacionamentos que tinham com seu ente querido antes da doença. Identifique maneiras de manter seus papéis pessoais. A ONG ALS Association recomenda ver fotos de família juntos, falar sobre eventos familiares e notícias sobre filhos e netos e colocar suas músicas favoritas para tocar.

 

Faça mudanças físicas na casa

Em alguns casos, mudanças na casa são importantes para melhorar a qualidade de vida do paciente e do cuidador. Então, se possível, deixe o paciente em um quarto arejado, sem barulho e no térreo. Ter que subir e descer escadas prejudica o cuidado. Já no caso de pacientes com Alzheimer é importante fazer mudanças de forma gradativa e preservar objetos e mobílias que tenham algum significado para o doente.

 

Tire um tempo para si mesmo

Pode ser exaustivo e estressante cuidar de outra pessoa o tempo todo. É importante ter um tempo para si mesmo, pode ser fazendo um exercício físico, lendo ou indo a algum evento específico. Identifique algo que te faça bem para relaxar e controlar seu estresse.

 

Não se cobre tanto

Concentre-se no que você é capaz de fornecer e entenda que ninguém é perfeito. Acredite que você está fazendo o melhor que pode e não se sinta culpado. Reconheça o trabalho importante e bom que você está fazendo e perceba o quanto você é valioso.

Procure suporte social

É importante se manter conectado com outras pessoas e não se isolar. A Mayo Clinic recomenda reservar um tempo a cada semana para ligar para um amigo ou caminhar pelo parque com alguém.

Se for preciso, convoque uma reunião familiar para se organizarem melhor e dividirem as tarefas necessárias para o cuidado do parente doente. Uma pessoa pode ficar mais tempo presente, enquanto outra pode talvez ajudar financeiramente contratando um enfermeiro ou outro profissional que auxilie em casa.

 

Quando contratar um enfermeiro ou cuidador profissional?

Em alguns casos, contratar um enfermeiro para atendimento domiciliar pode ser uma alternativa do atendimento hospitalar para garantir a segurança no conforto do lar. Converse com o médico do seu ente querido para saber o que ele acha dessa opção e o que ele sugere. A orientação e acompanhamento de um profissional ajuda a estabelecer uma rotina mais tranquila e sem desgastes físicos e emocionais.

O enfermeiro tem a responsabilidade em exercer atividades mais complexas, como monitoramento de sinais vitais e higienização de sondas. Já o cuidador profissional também pode ajudar com procedimentos mais simples, como dar banho no paciente. Essa atenção domiciliar pode proporcionar mais comodidade para a família. É ideal para pacientes que queiram aliar a qualidade do tratamento ao conforto do lar.

Pode ser difícil imaginar seu ente querido sob os cuidados de outra pessoa, mas fazer uma pausa pode ser uma das melhores coisas a se fazer. Converse com o médico para saber suas possibilidades.

 

Se precisar de ajuda, entre em contato com o Programa de Apoio ao Empregado.

 

Esse conteúdo foi desenvolvido pela Latinmed, agência de comunicação e marketing para área de saúde; e validado pela CGP Brasil, especializada em Programas de Assistência ao Empregado.

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