Quando as notícias da mídia podem chatear a sua família

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Postado dia 31 de março de 2022 por


A cobertura da mídia de um crime violento, desastre natural, guerra, ato de terror ou de outro evento perturbador nos orienta da atualidade, mas a exposição excessiva com temas violentos pode aumentar nosso estresse e nos deixar ansiosos, assim como a nossa família. Reportagens sobre assaltos ou crimes violentos no nosso bairro podem ser tão perturbadoras quanto relatos de tragédias distantes, porque as notícias locais envolvem eventos que podem nos afetar de uma maneira mais pessoal.  

Vamos te ajudar a avaliar melhor as notícias e reduzir o seu sentimento de estresse e o de sua família.

Reações de estresse

A transmissão ao vivo ao redor do mundo e notícias online, reportagens de eventos traumáticos entram na nossa sala de estar, na tela de nossos computadores e dos nossos celulares como nunca antes acontecido. O uso crescente de dispositivos móveis torna ainda mais difícil evitar a cobertura da mídia.

Temos testemunhado eventos aterrorizadores em cores, fazendo-nos sentir como se realmente estivéssemos lá. Imagens fortes e perturbadoras, juntamente com uma cobertura contínua de eventos traumáticos, podem nos fazer sentir traumatizados, mesmo que não sejamos impactados diretamente pelo trauma ou tragédia. Para algumas pessoas, a cobertura da mídia explícita de atos impactantes de violência pode ser especialmente estressante, causando sentimentos prolongados de tristeza, medo e ansiedade, ou outros sintomas relacionados ao estresse, como problemas de sono e mudanças de humor.

Fazendo uma seleção na escolha 

Se você estiver passando por reações de estresse à cobertura da mídia ou se as notícias o deixarem ansioso, tome as seguintes atitudes:

Evite ouvir ou assistir situações estressantes por um tempo. Evite ler artigos de notícias sobre esses eventos, assistir notícias/documentários na TV ou no seu celular.

Encontre maneiras de preencher o tempo. Acompanhar as notícias pode ser um hábito, então, encontre outras maneiras de usar o seu tempo. Por exemplo, dê uma caminhada ou use mais tempo para planejar e apreciar refeições com a família, escutar sua música predileta ou ler um livro.

Encontre notícias positivas e animadoras. Mantena o hábito de buscar na mídia notícias positivas, de alto astral e de bem-estar.

Evite falar de situações estressantes que apareçam na mídiacom amigos e parentes.

Procure ajuda quando necessário. Em caso de situações de estresse e ansiedade, procure ajuda caso os sintomas persistam. Um profissional de saúde mental também pode oferecer ajuda e suporte.

Sentimentos que ressurgem de luto e ansiedade

Algumas pessoas podem ser mais afetadas pela cobertura da mídia, principalmente aqueles que passaram por uma perda ou foram vítimas de um crime violento, desastre natural, guerra, catástrofe ou crise pessoal. Eventos traumáticos podem acionar memórias de perdas ou eventos passados, mesmo que tenha acontecido há muito tempo. Essas lembranças podem trazer imagens de traumas e pesadelos anteriores e sentimentos de luto, medo e tristeza. Deixamos sugestões, caso você ou alguém que você ame esteja com esses sentimentos de luto e ansiedade que podem ser acionados pela extensa cobertura da mídia de eventos traumáticos.

Fale com alguém em quem confie sobre o acontecimento e sobre as perdas ou experiências passadas que podem o afetar agora.

Caso o estresse esteja afetando o seu trabalho, fale com um profissional sobre seus medos e preocupações. Seu programa de apoio pode oferecer ajuda e suporte.

Mantenha um padrão regular para se alimentar e dormir. Isso lhe dará forças para lidar com o estresse.

Exercite-se. O exercício físico muda o seu humor e ajuda a lidar melhor com as emoções dolorosas.

Mantenha a rotina. Rotinas normais estabelecem uma sensação de calma e previsibilidade. Na medida do possível, mantenha a sua rotina e tire tempo para fazer atividades que lhe dão prazer.

Tire tempo para praticar técnicas de relaxamento, como respiração profunda, mindfulness, meditação ou yoga.

Busque suporte na sua região. Em períodos difíceis, muitas pessoas encontram suporte e conforto em reuniões com grupos em seu bairro.

A cobertura da mídia e as crianças

Crianças que são expostas repetidamente a imagens fortes de violência na televisão ou nas notícias podem desenvolver um medo contínuo sobre sua própria segurança e a da sua família. Elas podem pensar que a violência e o crime são comuns e ver o mundo como um lugar mais perigoso do que realmente é. Crianças que perderam um animal de estimação, passaram por uma separação ou divórcio ou que perderam um amigo ou parente podem ser profundamente afetadas.

Você pode proteger e dar suporte a criança, fazendo o seguinte:

Limite a exposição de notícias. Monitore o acesso da criança nas redes sociais ou na televisão.

Controle o dispositivo da criança. Restrinja conteúdo explícito em notícias, música e podcasts, determine a classificação por faixa etária para a televisão e filmes e só permita aplicativos apropriados para a idade da criança.

Explique as notícias que aparecem na mídia de maneira apropriada à idade. Converse com a criança de uma forma fácil de entender. As crianças muito pequenas devem ser especialmente protegidas de ver notícias violentas.

Mantenha proximidade. Dessa maneira, você pode responder às perguntas da criança e abordar as preocupações que ela possa ter. Você não precisa ter todas as respostas, mas demonstrar tranquilidade e segurança é muito importante. Você pode dizer algo como: “Coisas ruins acontecem, mas a maioria das pessoas são boas e se preocupam com as mesmas coisas que nossa família”. É importante estar presente mesmo que a criança já seja adolescente. Se não receber uma resposta para as suas perguntas, deixe ela saber que você sempre está disponível para conversar sobre as preocupações que ela possa ter.

Tome medidas diferenciada caso a violência seja em localidade próxima. Descubra o que a criança sabe ou ouviu dizer de amigos para poder corrigir quaisquer ideias erradas.

Monitore a brincadeira das crianças. As crianças frequentemente expressam o que não conseguem dizer com palavras através de jogos e brincadeiras. Use brincadeiras e faz de conta como oportunidades para se envolver com a criança, oferecer segurança e tranquilidade e corrigir qualquer informação ou crenças erradas.

Mantenha as rotinas da família. As crianças se dão bem com rotinas regulares, consistentes e previsíveis. As rotinas ajudam as crianças a se sentirem seguras e a perceberem que sua família está bem e funcionando normalmente. Planeje uma saída em família ou uma atividade que seu filho goste.

Gerencie passar um bom tempo com sua família. Conversar, brincar, fazer trabalhos artísticos e artesanais e, até mesmo, cozinhar juntos pode ser uma ótima maneira de se conectar com sua família.

Assegure as crianças de que ela está segura. Caso tenha filhos ou sobrinhos, lembre-o de que existem pessoas no bairro e na escola que podem ajudar a mantê-lo seguro, como policiais, bombeiros e guardas de segurança. Você pode falar: “Mesmo que você não possa ver, existe gente trabalhando para proteger crianças e adultos no bairro”.

Seja um modelo de aceitação e evite estereótipos. Seja calmo, tranquilo e dê suporte. Converse com seu filho ou sobrinho sobre tolerância e como ações individuais não representam um país ou grupo de pessoas, tornando-os maus e perigosos.

Reforce os valores da sua família em relação a cuidar um dos outros. Aponte situações da vida diária quando alguém ajudou ou foi gentil com outra pessoa. Pratique a gentileza.

Quer ver outras dicas de como cuidar bem das pessoas que você ama? Leia em Minha Família.

Se estiver passando por algum problema ou situação difícil, você pode entrar em contato com o Programa de Apoio ao Empregado.


Esse conteúdo foi desenvolvido pela LifeWorks e adaptado para a CGP Brasil

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