Saiba o que é estresse pós-traumático

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Postado dia 11 de julho de 2017 por


O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) tem atingido cada vez mais pessoas. E não é para menos. Vivemos em um mundo onde a presença do medo é constante. O crescimento da criminalidade no Brasil somado ao aumento dos episódios de violência que são noticiados diariamente nos telejornais internacionais, como ataques terroristas e conflitos armados, tem deixado a população em alerta.

Entre aqueles que vivenciam de perto esses episódios de violência, o trauma psicológico pode ser enorme. O estresse pós-traumático é um distúrbio que atinge entre 7 ou 8 pessoas de cada 100 e se desenvolve durante um evento chocante, assustador ou perigoso.

É natural ter medo durante e depois de uma situação traumática. O medo desencadeia muitas mudanças no organismo com a finalidade de ajudar a pessoa a se defender contra o perigo ou evitá-lo. Esta resposta de “luta ou fuga” é uma reação típica destinada a proteger uma pessoa contra danos.

Quase todo mundo experimenta uma série de reações após algum tipo de trauma, mas a maioria das pessoas se recupera naturalmente dos sintomas iniciais. Aqueles que continuam a se sentir estressados ou assustados mesmo quando não estão em perigo podem ser diagnósticados com o transtorno de estresse pós-traumático.

Quem pode sofrer de estresse pós-traumático (TEPT)

 

Qualquer pessoa pode desenvolver TEPT e em qualquer idade: veteranos de guerra, crianças e adultos que passaram por agressão física ou sexual, acidente, desastre, entre outros eventos sérios.

As mulheres são mais propensas a desenvolver TEPT do que os homens, e os genes podem tornar as pessoas mais propensas ao desenvolvimento do transtorno do que outras.

Além disso, nem todos com TEPT passaram por um evento perigoso. Algumas pessoas desenvolvem o distúrbio depois que um amigo ou membro da família vivenciou uma situação de perigo ou dano. A morte repentina e inesperada de um ente querido também pode levar ao TEPT.

Reconheça os sintomas

 

Os sintomas do estresse pós-traumático geralmente começam dentro de três meses após o incidente traumático, mas às vezes podem começar anos depois e durar mais de um mês, interferindo seriamente na qualidade de vida do indivíduo.

O curso da doença varia. Algumas pessoas se recuperam dentro de um período de seis meses, enquanto outras apresentam sintomas que duram muito mais tempo. Em algumas pessoas, a condição se torna crônica.

Para ser diagnosticado com TEPT, o indivíduo deve apresentar os seguintes sintomas durante pelo menos um mês:

– Pelo menos um sintoma re-experimentação da situação vivida
– Pelo menos um sintoma de evasão (evitar lugares, situações e hábitos que lembrem o evento traumático)
– Pelo menos dois sintomas de excitação e reatividade (quando se assusta facilmente, explosões de raiva)
– Pelo menos dois sintomas que afetam a cognição e o humor (baixa concentração, desânimo, pensamentos negativos sobre si e o mundo, etc)

Os sintomas de re-experimentação da situação vivida incluem:

 

– Flashbacks – revivendo o trauma uma e outra vez, incluindo sintomas físicos, como o coração disparado ou transpiração
– Pesadelos
– Pensamentos assustadores

Os sintomas de re-experimentação podem causar problemas na rotina diária da pessoa e podem começar a partir de seus próprios pensamentos e sentimentos. Palavras, objetos ou situações que lembram o evento traumático também podem desencadear sintomas de re-experimentação.

 

Crianças reagem de forma diferente do que os adultos?

 

Crianças e adolescentes podem ter reações extremas ao trauma e sintomas diferentes dos adultos. Em crianças muito pequenas (com menos de 6 anos de idade), estes sintomas podem incluir:

– Fazer xixi na cama mesmo depois de ter aprendido a usar o banheiro
– “Atuar” o evento assustador durante as brincadeiras
– Ser muito pegajoso com um dos pais ou outros adultos

As crianças mais velhas e os adolescentes são mais propensos a mostrar sintomas semelhantes aos observados em adultos. Eles também podem desenvolver comportamentos disruptivos, desrespeitosos ou destrutivos, além de se sentirem culpados por não prevenir acidentes ou mortes. Eles também podem ter pensamentos de vingança.

O médico psiquiátra é o especialista mais adequado para diagnosticar e tratar o TEPT. Se você ou seus filhos apresentam esses sintomas, procure ajuda.

Além do tratamento: como posso me ajudar?

 

Pode ser muito difícil dar esse primeiro passo. Mas, é importante perceber que, embora possa demorar algum tempo, com o tratamento e algumas mudanças de hábitos, você pode melhorar. Veja a seguir algumas dicas:

– Pratique atividades físicas regularmente e invista em atividades que lhe tragam prazer e reduzam o estresse.
– Defina objetivos realistas para você.
– Procure manter relações sociais saudáveis e esteja sempre perto das pessoas com as quais você se sente bem e confia.
– Tenha paciência. Com o tratamento, os seus sintomas irão melhorar gradualmente e não imediatamente.

 

 

Se você ou alguém da sua família está passando por esse problema e tem dúvidas sobre como lidar com a situação, entre em contato com o Programa de Apoio ao Empregado. Estamos aqui para ajudá-lo.

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