Entenda os riscos de autodiagnóstico e automedicação

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Postado dia 1 de maio de 2019 por


Dor de cabeça, enjoo, resfriado, dor muscular… São todos desconfortos comuns e que podemos ter no cotidiano. Por isso, muitas vezes ao sentir esses incômodos logo tomamos um remédio achando que isso irá nos ajudar na recuperação. Se identificou? Cuidado, pois o autodiagnóstico e a automedicação podem ser perigosos. O que era para ser um alívio para dor pode se tornar um gatilho ainda maior.

Muita gente tem uma mini farmácia em casa. Pode ser uma caixa, um armário ou uma gaveta com vários remédios sem tarja para lidar com sintomas desagradáveis. Porém, apesar de medicamentos como paracetamol, aspirina ou omeprazol não precisarem de prescrição, eles podem desencadear problemas se virarem rotina.

 

Autodiagnóstico pela internet

O autodiagnóstico sempre existiu. Mas, com a internet, isso se tornou ainda mais comum. Um levantamento do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revelou que 40% dos brasileiros fazem autodiagnóstico médico pela internet. O estudo explica que o acesso aos smartphones, a conectividade da internet mais rápida e sites de buscas têm fomentado o abandono aos consultórios médicos e aos laboratórios de exames e diagnósticos em todo o País.

Outra pesquisa, esta do Google, revela que o Brasil é o país em que as buscas referentes à saúde mais cresceram no mundo em 2018. De acordo com o estudo, 26% dos brasileiros recorrem primeiro ao Google ao se deparar com um problema de saúde. Isso faz parte da jornada do paciente ao tentar descobrir o que se tem, mas é preciso ter muito cuidado. Nem todas as fontes são confiáveis.

 

Riscos de autodiagnóstico e automedicação

Autodiagnosticar-se pode ser perigoso pois a identificação de uma condição de saúde precisa de ao menos um exame clínico e conhecimento de profissionais da saúde especializados. Nem tudo é o que parece ser e problemas sérios podem se esconder em dores comuns.

O autodiagnóstico leva muitas vezes à automedicação, que sem acompanhamento de um profissional da saúde, pode desencadear problemas como:

Um sintoma simples pode estar associado a quadros sérios que o paciente nem imagina e ele perde a chance de um melhor prognóstico, colocando sua própria saúde em risco. Além disso, se combinado a outras medicações que o paciente já toma, os sintomas iniciais podem ser acentuados ou os efeitos colaterais podem se tornar nocivos para a saúde.

“Medicamento não é um bem de consumo qualquer, não é uma caneta, não é uma camiseta. Medicamento tem uma série de benefícios, mas ele também tem riscos”, ressalta o gerente de Monitoramento e de Fiscalização de Medicamentos da Anvisa, Tiago Rauber, no site do Ministério da Saúde.

 

Antibióticos e anti-inflamatórios

Os antibióticos necessitam de prescrição e seu uso é mais controlado. Porém, mesmo assim o uso indiscriminado de antibióticos por parte da população vem fazendo com que eles percam o poder de ação sobre as bactérias. Muitas pessoas usam o remédio de forma errada, como em doses incorretas ou quando querem tratar um simples resfriado.

Além disso, a dificuldade de comprar antibióticos por necessitar de receita acabou levando os pacientes a usarem mais anti-inflamatórios. De acordo com a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, anti-inflamatórios podem ser remédios perigosos e, se administrados indiscriminadamente, podem fazer muito mal. Eles podem provocar contração dos vasos, retenção de sódio e água, aumentando a pressão arterial, e colocando em risco o coração e os rins. Além disso, segundo a organização, eles têm ação lesiva sobre o fígado, provocam gastrite e lesão intestinal.

O livro “Tarja Preta: os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma”, escrito pela jornalista Marcia Kedouk, dá alguns exemplos de possíveis efeitos indesejados de alguns medicamentos. Por exemplo, para adultos, a partir de 4 gramas por dia ou 1 g de uma vez só de paracetamol, o fígado pode não dar conta dos seus componentes. Já o uso exagerado de dipirona cria resistência, quando é preciso uma dose maior para surtir efeito, e máscara outros distúrbios, que se tornam crônicos.

Portanto, é muito importante tomar cuidado e não realizar autodiagnósticos e automedicações. Um acompanhamento com um médico de confiança é muito importante para manter a saúde em dia e saber o que fazer caso tenha alguma dor ou desconforto.

 

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Esse conteúdo foi desenvolvido pela Latinmed, agência de comunicação e marketing para área de saúde; e validado pela CGP Brasil, especializada em Programas de Assistência ao Empregado.

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