Cuidados para lidar com o falecimento de pessoas queridas

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Postado dia 2 de junho de 2020 por


O falecimento de alguém querido é uma das situações mais delicadas na rotina de qualquer pessoa, especialmente se isso acontece dentro da família. Além da dor emocional, é preciso lidar com uma série de questões burocráticas que, muitas vezes, exigem uma atenção que não se consegue dedicar naquele momento. Nessas horas, poder contar com a ajuda de alguém pode fazer a diferença. Mas se esse não for o caso, aí vão algumas orientações de como proceder.

Como resolver questões burocráticas

Conhecer os processos necessários após a morte de alguém é essencial para que não haja um fardo a mais em um momento de vulnerabilidade.

Se há demora para a emissão de um documento, compreender por que aquilo acontece diminui a ansiedade já agravada pela situação em si.

Os procedimentos são definidos por cada município, mas de maneira geral seguem um padrão, que depende inicialmente de onde ocorreu a morte.

O atestado de óbito é um documento médico oficial que tem validade jurídica atestando que de fato uma pessoa faleceu. Nele, devem estar as seguintes informações: data do óbito, horário do óbito e causa da morte.

Quando o óbito ocorre dentro de um hospital ou em algum local que tenha uma equipe médica, o procedimento é mais simples, pois o próprio médico que prestou atendimento se encarrega de providenciar o atestado e entregá-lo à família.

Quando o óbito ocorre dentro de casa ou em algum outro local onde não haja a presença de uma equipe médica, é preciso acionar o Instituto Médico Legal ou a Policia Militar (telefone 190). Esse deve ser o procedimento quando a morte pode ter sido causada por Covid-19 ou existe suspeita disso.

Feito isso, o corpo será encaminhado para a perícia, que fará uma investigação com o objetivo de descobrir quais as reais causas da morte. Após os resultados da perícia, o atestado de óbito será emitido.

Atestado de óbito e certidão de óbito: entenda as diferenças

O atestado de óbito costuma ser muito confundido com a certidão de óbito. No entanto, esses dois documentos têm funções distintas.

Enquanto o atestado de óbito é o documento médico que detalha a causa da morte e deve ser emitido de forma imediata, a certidão de óbito é um documento que pode ser emitido em até cinco dias úteis após todos os procedimentos, como sepultamento e cremação.

As informações contidas no atestado de óbito serão repassadas para a certidão, que é emitida em cartório civil e deve ser lavrada e registrada, declarando oficialmente que uma pessoa está, de fato, morta.

Como organizar o velório

Os serviços funerários constituem, na verdade, serviços municipais, tendo em vista o disposto na Constituição Federal: aos municípios compete “organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, os serviços de interesse local”.

Isso diz respeito à confecção de caixões, à organização de velório, ao transporte de cadáveres e até à administração de cemitérios. Assim, tais atividades não podem ser exploradas comercialmente.

Apesar disso, o universo funerário é terreno para uma série de ilegalidades. Vale ter atenção para não cair em golpes em um momento tão delicado.

Um ritual de despedida é importante

Despedir-se de alguém não é uma tarefa fácil. Apesar de doloroso, esse é um momento muito importante, no qual se pode prestar uma última homenagem à pessoa querida por meio de rituais como velório, enterro ou cremação.

Essa também é uma oportunidade de amparar e buscar amparo em redes sociais (amigos, familiares, colegas de trabalho). A escolha pelo ritual mais adequado para cada família é particular e, se possível, deve levar em consideração os desejos de quem faleceu.

E quando não é possível se despedir? A Covid-19 e o isolamento social impuseram uma nova realidade diante da necessidade de se manter o caixão fechado, impedido que velórios e outros rituais aconteçam.

Pular esse momento de despedida, além de agravar a dor, traz efeitos psíquicos indesejáveis. Estudos no campo da psicanálise apontam que parte das depressões mais difíceis de curar podem decorrer de luto mal feito, mal elaborado, interrompido ou não reconhecido.

O que é o luto, afinal?

O luto é um período de transição, com mudanças na rotina, nos papéis na família e nas expectativas de quem sofreu com a morte de alguém querido.

O luto afeta diferentes aspectos da vida e nem todo mundo sente e se expressa da mesma forma: cada pessoa manifesta a dor de uma maneira.

Com o tempo, quem está de luto vai entender a perda e conseguir estabelecer novos significados, voltando a se interessar pela vida e a retomar suas atividades.

Quando isso acontece, é possível se lembrar da pessoa que faleceu sem sentir tanta dor como antes: ficam as lembranças, as histórias vividas e até alguma tristeza, que se manifesta de vez em quando ou em ocasiões especiais.

É importante considerar uma ajuda profissional de um psicólogo, caso os sintomas de luto piorem, a dor fique mais intensa e a retomada das atividades de rotina se torne extremamente difícil, com prejuízos na vida familiar e profissional.

Quer ver dicas de como viver bem junto a pessoas queridas? Leia em Minha Família.

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Esse conteúdo foi desenvolvido pela Latinmed, agência de comunicação e marketing para área de saúde; e validado pela CGP Brasil, especializada em Programas de Assistência ao Empregado.

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