LGBTfobia: o que é e quais as consequências?

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Postado dia 1 de maio de 2019 por


Apesar dos avanços contra homofobia nos últimos anos, ainda são recorrentes casos de discriminação e crimes contra pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) no Brasil. Em 2017, o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, registrou 1.720 denúncias de violações contra pessoas LGBT. A violação mais comum é a discriminação, presente em 70,8% dos casos. Em seguida aparecem denúncias de violências psicológica (53%) e física (31%). Na maioria dos casos, acontece mais de uma violência em uma só denúncia.

Esse cenário mostra que ainda são necessárias melhorias no combate contra a homofobia. Por isso, no dia 17 de maio acontece o Dia Internacional contra a LGBTfobia. Essa data marca o dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade da classificação como transtorno mental. Foi somente em 1990 que a OMS declarou que “a homossexualidade não é uma doença, uma perturbação ou uma perversão”.

Desde então, essa data foi escolhida como símbolo de luta pela diversidade sexual e contra a violência e o preconceito. O Brasil é um dos países que mais mata pessoas LGBT. Segundo relatório da ONG Grupo Gay da Bahia, a cada 20 horas um LGBT é morto ou comete suicídio no Brasil. O levantamento mostra que em 2018 houve 320 homicídios de pessoas LGBT e 100 suicídios. Mas a LGBTfobia não consiste somente na morte ou violência física.

 

O que é LGBTfobia?

Tecnicamente, o termo “homofobia” é utilizado para se referir a lésbicas e gays, mas o termo se popularizou e é usado amplamente. Por isso, o termo “LGBTfobia”, que inclui também bissexuais e transsexuais, não é tão conhecido ou utilizado. A homofobia, lesbofobia, bifobia e a transfobia se caracterizam pela rejeição, medo, desprezo, antipatia, aversão ou ódio aos homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Nisso, são englobadas atitudes contra pessoas LGBT como:

Assim como o machismo, a xenofobia, o racismo e bullying, a LGBTfobia é preconceito e intolerância. Nesse caso é uma discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero. Eles têm direitos e deveres como todas as pessoas e merecem o respeito de todos. Porém, historicamente, esta população tem sido privada de muitos direitos por causa dos preconceitos existentes. Confira alguns exemplos de casos de homofobia:

Um levantamento feito pela empresa OutNow com 4 mil homossexuais no Brasil revelou grandes dificuldades que eles passam no trabalho. Segundo o relatório “Brazil 2017 Report – Out Now Global LGBT2030 Study”, 65% dos entrevistados testemunharam episódios de homofobia no trabalho e 50% já sofreram assédio verbal.

Em outros países a situação é ainda pior já que 70 países ainda tratam relações homossexuais como crime. Segundo o estudo “Homofobia Patrocinada pelo Estado”, divulgado pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais, em 44 destes países, a criminalização vale para todos os gêneros. Nos demais, apenas para homens. Em seis, a lei prevê pena de morte.

 

Criminalização da LGBTfobia

Hoje, a homofobia não está na legislação penal brasileira, ao contrário de outros tipos de preconceito, como por cor, raça, religião e nacionalidade. No início de 2019, a questão foi debatida no Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros avaliaram se a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero deve ser considerada crime. Porém, o julgamento foi suspenso temporariamente.

Apesar de não haver uma lei federal, alguns estados têm leis locais de sanções civis, como multas e perdas de licença para quem pratica homofobia.

 

Consequências da homofobia

As consequências da opressão por orientação sexual são enormes e graves. Seja dentro de casa, na escola, no trabalho ou na rua, a discriminação nunca é correta e afeta a saúde da pessoa LGBT. Não se sentir seguro de demonstrar afeto e ouvir piadas e ameaças verbais afetam a saúde mental de qualquer pessoa.

Uma pesquisa nacional de comportamento de risco de jovens dos Estados Unidos mostrou que 40% dos alunos do ensino médio que se identificam como gays, lésbicas ou bissexuais, estavam considerando seriamente o suicídio. Os entraves são ainda maiores para as pessoas trans. Além disso, o risco de alguns danos psicológicos é maior nestas minorias. Ao longo de suas vidas, podem desenvolver:

Além disso, muitos acabam encontrando no álcool e outras drogas uma forma de escape, de fugir dessa violência que sofre da sociedade. É muito importante buscar ajuda e realizar denúncias de homofobia se você for uma vítima. Atualmente, o Disque 100 funciona como um número destinado a recebimentos de várias denúncias, como homofobia.

 

Se precisar de ajuda, consulte também um psicólogo ou entre em contato com o Programa de Apoio ao Empregado.

 

Esse conteúdo foi desenvolvido pela Latinmed, agência de comunicação e marketing para área de saúde; e validado pela CGP Brasil, especializada em Programas de Assistência ao Empregado.

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